Vanguardas, utopias e o tempo que falta
Pensamento
Sáb, 18 Nov 2017
17:30
Lotação limitada
Entrada gratuita
No prefácio a uma das obras recentes, Hal Foster escreve:
“Tipicamente, a vanguarda é entendida ser conduzida apenas por dois motivos: a transgressão de uma dada ordem simbólica (como com o Surrealismo) ou a legislação de uma nova (como com o Construtivismo Russo). Contudo, a vanguarda que me interessa aqui não é nem vanguarda nem rectaguarda nesses sentidos; antes, é imanente de uma forma cáustica. Longe de ser heróica, não pretende que possa cortar absolutamente com a velha ordem ou encontrar uma nova; em vez disso, procura detectar fracturas que já se encontram no interior de uma ordem existente, pressionando-as ainda mais, mesmo para activá-las de alguma forma. Longe de extinta, esta vanguarda está hoje viva e encontra-se bem.”
Será mesmo assim?
Num debate por ocasião da exposição “Do tempo exilado ou a emergência da utopia”, o crítico cultural António Guerreiro, o artista Fernando José Pereira e o crítico de arte Óscar Faria irão debater estas e outras questões relacionadas com “Vanguardas, utopias e o tempo que falta”.
Resta saber se, tal como Boris Groys nos diz, o comunismo já não é uma “utopia”, visto a sua “encarnação terrestre ter sido completada. Completada aqui significa acabada, e assim libertada para a repetição”.
Pensamento
Sáb, 18 Nov 2017
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