PEDRO SOUSA VIEIRAUma varanda à justa

Exposição
27 Jan – 25 Fev 2017

Inauguração
Sexta-feira, 27 Janeiro 22:00

Entrada gratuita

As obras de Pedro Sousa Vieira expostas em “Uma varanda à justa” podem ser lidas a partir da sua hecceidade, da sua essência distinta de outras coisas, da sua particularidade. O próprio destas criações é assim o seu desejo em devirem imperceptíveis, indiscerníveis e impessoais. O seu território materializa-se em tonalidades que emprestam às imagens – cabeças, paisagens, palavras –, uma dimensão flutuante, liquefeita, difícil de agarrar. Desenho, escultura ou impressão digital, as declinações usadas pelo artista para construir este corpo de trabalhos tendem a reforçar essa ideia de descondicionamento: não existe uma narrativa, contudo, por detrás dessa aparência, tudo nos conta uma história, única, existencial. Há imagens que parecem rodar, outras que nos trazem as cintilações de um rio ou de um mar, um negativo de um caniche – que nessa inversão perde o seu ar dócil e se transforma na figura de um pesadelo –, personagens fantasmagóricos e cor, muita cor: azuis, amarelos, verdes e vermelhos. É uma exposição feita de sensações, sóbria, contida, que precisa de ser lida como uma meditação acerca do belo e das formas, por vezes balbuciantes, como este se insinua no mundo.

Pedro Sousa Vieira nasceu no Porto (1963), onde vive e trabalha. Em 2015, foi lhe atribuido o 10º Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, Museu de Amarante, Portugal. O artista desenvolve o seu trabalho em vários meios: desenho, pintura, instalação e fotografia, entre outros. Até agora, realizou mais que 20 exposições individuais, e participou ao longo da sua carreira em mais que 30 exposições colectivas. Entre as suas exposições individuais mais recentes contam-se “3,99º”, no Museu Nogueira da Silva (Braga, 2015); “A Gaze from the Back”, na Galeria Belo-Galsterer (Lisboa, 2014); “Preto no Branco”, no Espaço Chiado 8, com curadoria de Bruno Marchand (Lisboa, 2012), “No dia anterior”, Galeria Nuno Centeno (Porto, 2013) e no Centro Cultural Vilaflor, com curadoria de Bruno Marchand (Guimarães, 2011). Das exposições colectivas em que participou destacam-se: “Animália e Natureza na Colecção do CAM”, comissariada por Isabel Carlos para o CAM/Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2014); “À propos des lieux d’origine. Portugal agora”, com curadoria de Clément Minighetti, Marie-Claude Beaud, Björn Dahlströml, no MUDAM – Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, (Luxemburgo, 2007); “Entre Linhas– Desenho na Colecção da Fundação Luso-Americana”, com curadoria de João Silvério, na Culturgest (Lisboa, 2005), “Zoom 1986-2002 – Colecção de Arte Contemporânea Portuguesa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento: uma selecção”, com curadoria de Manuel Castro Caldas, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, (Porto, 2002) e “Linhas de Sombra”, com curadoria de João Miguel Fernandes Jorge e Helena de Freitas, no CAM / Fundação Calouste Gulbenkian, (Lisboa, 1999).

Exposição
27 Jan – 25 Fev 2017

Inauguração
Sexta-feira, 27 Janeiro 22:00

Entrada gratuita