SEM QUARTEL

Amarante Abramovici, Tiago Afonso, Pedro Amaral, Edições Antipáticas, Hernâni Reis Baptista, Pedro Barateiro, José Bica, Rossella Biscotti, António Brás, Pedro Cachapuz, Isabel Camarinha, António Caramelo, Diana Carvalho, Alexandre Alves Costa, Luís Paulo Costa, Mariana Mendes Delgado, Mattia Denise, Luís Espinheira, Rita Medinas Faustino, Renato Ferrão, César Figueiredo, Nuno Grande, Júlio Henriques, Luís Jacinto, Herculano Lapa, Miguel Leal, Maria João Macedo, Pedro Magalhães, Pedro Junqueira Maia, João Marçal, Cristina Mateus, Rosário Melo, Carlos Azeredo Mesquita, Vera Mota, Luís Nunes, José Oliveira, Catarina Oliveira, Fernando José Pereira, Miguel Teotónio Pereira, Silvestre Pestana, Renato Pinto, Pedro Pousada, Miguel Ramos, Adão Reis, Cláudia Reis, Sebastião Resende, Fernando J. Ribeiro, Sara Rodrigues, Saguenail, Álvaro Salazar, Lia Vaz Saleiro, João Fonte Santa, Dinis Santos, Valdemar Santos, Rita Senra, Thierry Simões, André Sousa, Ângelo Ferreira de Sousa, António de Sousa, José Tavares, Pedro Tudela, Nicole Tsangaris, Kevin van Braak, Gabriela Vaz-Pinheiro, Jorge Valadas, Armando Veiga

Exposição
24 Abr – 18 Mai 2014

Da nossa parte, temos de expor o velho mundo à completa luz do dia e configurar positivamente o novo. [Marx, em carta de 1843 a Arnold Ruge]

O “Sem Quartel” trata-se de uma iniciativa colectiva com mais de sessenta participantes, que deu corpo a um programa através do qual se procurou não só resgatar memórias, mas também revelar diferentes intensidades produzidas no presente. Exposições, um ciclo de cinema, conversas e performances constituem a essência das actividades, que se desenvolveram em colaboração com outros espaços da cidade: Confederação, Círculo Católico Operário do Porto, Gato Vadio, Livraria Utopia e Rua do Sol 172. A inauguração de “Sem Quartel/ Without Mercy” aconteceu em dias sucessivos no Sismógrafo, Livraria Utopia e Gato Vadio, revelando os trabalhos, na sua maioria inéditos, de 45 artistas de diferentes gerações. A estes acrescentaram-se cartazes e fotografias realizados durante o PREC e ainda uma mostra bibliográfica de publicações editadas entre 1974 e 1978. Um conjunto de conversas trouxe para a actualidade histórias vividas durante a revolução, sublinhando-se ainda a forma como algumas das questões dessa época continuam na ordem do dia: do direito à habitação, à necessidade de uma reflexão acerca do destino da democracia, passando ainda por um debate em torno da noção de comunidade. O programa de “Sem Quartel”, onde o poético e o político se encontram amiúde, incluiu ainda uma sessão com vídeos realizados por artistas, encerrando com um ciclo de cinema, decorrido entre 15 e 18 de Maio, onde foram apresentadas longas-metragens, documentários e filmes-ensaio. Este programa contou com a presença quer de realizadores – Saguenail, José Tavares –, quer de outros convidados – Edições Antipáticas, Júlio Henriques, Miguel Teotónio Pereira –, que comentaram e debateram o contexto em que as obras propostas foram produzidas.