JUMANA MANNAClube de Leitura

Actividades
6 Jun – 18 Jul 2024

Todas as Quintas-feiras
18:30–20:30

Com
Joana Rafael
Tomás Sopas Bandeira
Geanine Escobar
Vítor Silva
Jumana Manna

As sessões são moderadas por Sara Rodrigues e Rodrigo Camacho, membros do Sismógrafo

Participação gratuita
Inscrições: publicos@sismografo.org
Lotação limitada

Em solidariedade com a Palestina
Cessar fogo imediato
Acabar com o Cerco
Acabar com o Apartheid

Durante as sete semanas da exposição Jumana Manna: Filmes e Estudos, ao final da tarde de cada quinta-feira, haverá no Sismógrafo um Clube de Leitura. Partimos de vozes palestinianas, expandindo as sessões para outros autores que nos trazem perspetivas globais sobre as violências e injustiças associadas aos processos civilizacionais, imperiais e coloniais. Que poderes são esses que historicamente nos separam da terra fértil e nos levam da autonomia e da liberdade, aparentemente garantidas,  à subjugação? Que futuros de liberação são possíveis imaginar?

Em cada sessão, focamo-nos num livro diferente, do qual lemos excertos selecionados. A leitura será feita em inglês, dada a língua dos livros, mas as partilhas poderão ser bilingues. Para participar regularmente no Clube de Leitura é somente necessária a inscrição. Consoante a disponibilidade e interesse em cada autor, estamos também abertos a inscrições para sessões específicas.

 

Programa

Qui 6 Jun 
Palestinian Walks: Notes on a Vanishing Landscape, Raja Shehadeh

Qui 13 Jun, com a convidada Joana Rafael 
Against the Grain: A Deep History of the Earliest States, James C. Scott

Qui 20 Jun, com o convidado Tomás Sopas Bandeira
The Wretched of the Earth, Frantz Fanon

Qui 27 Jun, com a convidada Geanine Escobar 
Colonial Lives of Property: Law, Land and Racial Regimes of Ownership, Brenna Bhandar

Qui 4 Jul, com o convidado Vítor Silva
Light In Gaza: Writings Born of Fire, ed. Jehad Abusalim, Jennifer Bing, Mike Merryman-Lotze

Qui 11 Jul, com a presença online de Jumana Manna
Open Letter to Sylvia Wynter: Unlearning the Disappearance of Jews from Africa, Ariella Aïsha Azoulay

Qui 18 Jul
Settling Nature: The Conservation Regime in Palestine‑Israel, Irus Braverman

 

Convidados

Joana Rafael é arquiteta e investigadora de Pós-Doutoramento no CEAA-ESAP. Foca-se em preocupações de ecologia, poluição e contaminação, refletindo sobre as interseções da arquitetura e urbanismo com geografia humana, teoria política, estudos ambientais e histórias de poder. Explora a materialidade, conflitos territoriais e limites de infraestruturas físicas em relação ao funcionamento do sistema terrestre. Ensinou disciplinas relacionadas com Estudos Contextuais e Cultura Contemporânea na ESAP, no ISCE Douro, na Central Saint Martins, Universidade de Londres e Universidade das Artes, Canterbury. Joana é também agricultora certificada. Licenciada pela UM; MArch pelo Metropolis, Barcelona; MRes e PhD pela Goldsmiths, UoL.  
 

Tomás Sopas Bandeira nasceu em 1993 em Braga. Estudou medicina em Lisboa e fez a especialização em Medicina Interna na Suíça. Realizou várias missões humanitárias em contexto médico, em particular com os Médicos Sem Fronteiras, e desde há vários anos tem estado envolvido na questão da autodeterminação do povo do Sahara Ocidental, atualmente colonizado por Marrocos. Após uma estadia nos campos de refugiados saharauis na Argélia, publicou o romance: "Zahra", uma história de ficção baseada na realidade e vida de uma mulher refugiada. Em 2023, o livro foi traduzido e publicado também em Espanha.
 

Geanine Escobar aka GÊ é pesquisadora e ativista cultural. Doutoranda em Estudos Culturais pela UA e Doutoranda em Museologia pela ULHT. É Bolseira de Doutoramento FCT no Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Lisboa. Conservadora-Restauradora de Bens Culturais, Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela UFPEL, conferido como grau acadêmico de Mestre em Património, Artes e Turismo Cultural em Portugal pela P.PORTO. Atualmente investiga estratégias de justiça social através dos usos artístico-políticos dos arquivos digitais, dos mapas culturais e de contra-narrativas decoloniais como possíveis ferramentas teórico/práticas de reivindicação dos direitos da população negra, afrodescendente, imigrante e LGBTQIA+, com foco na problematização das discriminações interseccionais, principalmente a estreita ligação entre racismo, lesbofobia, xenofobia e branquitude nos espaços museais e nas pesquisas acadêmicas em Portugal. É membro investigadora do Projeto "Corpos Geradores: da agressão à insurgência. Contributos para uma pedagogia decolonial" (2023-2026) e Coordenadora do Grupo de Estudos “Sociomuseologia e Interseccionalidade: Gênero, Raça e Classe” (Somus-Interseccional) no âmbito da Cátedra UNESCO Educação, Cidadania e Diversidade Cultural.
 

Vítor Silva obteve o Curso de Artes Plásticas, ESBAP, em 1983. É docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, desde 1987. Tem orientado a sua investigação na área do desenho e imagem, tendo publicado inúmeros artigos em livros e revistas, e livros autorais como Aby Warburg 1866-1929, uma cartografia da história, da arte e da cultura (Braço de Ferro, Porto, 2010). Actualmente é membro do Instituto Investigação Artes, Design e Sociedade, da Faculdade de Belas-Artes do Porto e integra o Projecto DRAWinU. É co-editor da revista PSIAX desde 2002, e da editora KKYM, colecção Imago, desde 2011. Faz parte da direcção artística dos projectos Ymago 11, Ymago 13, Ymago 15, Projekto Ninfa, Imagens Migrantes e (Un)common ground; que investiga a inscrição artística e cultural do conflito que opõe autóctones e colonos quanto à pertença, posse, controlo e poder no território de Israel/Palestina, constituindo o palco e objeto da disputa. Mais recentemente, foi co-curador da exposição Terra Estreita, no Centro Internacional de Artes José Guimarães. Expõe regularmente, com o nome Vítor Silva Cravo na Galeria Extéril, Porto, desde o ano 2000.
 

Jumana Manna é artista visual e cineasta. A sua obra explora as formas como o poder é articulado, focando-se na relação do corpo, terra e matéria com as heranças coloniais e históricas dos espaços. Através da escultura, do cinema e ocasionalmente da escrita, Manna lida com os paradoxos das práticas de preservação, particularmente nos campos da arquitectura, agricultura e do direito. O seu trabalho atende às tensões entre as tradições modernas de categorização e conservação e a indisciplina da destruição, a vida e as suas regenerações. Jumana cresceu em Jerusalém e vive actualmente em Berlim.

 

 

 

 

 

Actividades
6 Jun – 18 Jul 2024

Todas as Quintas-feiras
18:30–20:30

Com
Joana Rafael
Tomás Sopas Bandeira
Geanine Escobar
Vítor Silva
Jumana Manna

As sessões são moderadas por Sara Rodrigues e Rodrigo Camacho, membros do Sismógrafo

Participação gratuita
Inscrições: publicos@sismografo.org
Lotação limitada